Educação

É certo que existem várias causas para que obtenhamos resultados tão pífios, quando o assunto é educação. Num país onde a primeira universidade instalou-se em 1934, isto pode ser parte de nossa situação tão emblemática. Mas, dentre outros motivos, ousaria dizer que onde o saber não é mérito, mas ignorado ou respeitado com "reservas", onde os "ídolos", quando não analfabetos, são pessoas medíocres, e que o próprio presidente da República faz questão de dizer que educação não é tudo; onde sucessivos governos, e as elites - econômica e política - tratam essa questão com seu histórico desprezo; e o MEC, por sua vez, apenas chancelou a mercantilização do ensino, que tipo de resultados poder-se-iam esperar? As pessoas, aqui, aprenderam que podem "vencer" na vida mesmo sem estudo, pois a informalidade das relações econômicas permite uma série de atividades subterrâneas, ilícitas e marginas cujos rendimentos estão bem acima do mercado formal. Ou seja, há outra economia próspera dentro da economia.